Paraíba distribui vacina que protege contra bronquiolite e pneumonia em recém-nascidos

 O governo da Paraíba iniciou a distribuição de doses da vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que causa infecções do trato respiratório, como bronquiolite e pneumonia, em crianças pequenas. As doses das vacinas devem ser aplicadas nas mães gestantes. Ao todo, foram 13.570 doses recebidas pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), vindas do Ministério da Saúde.

De acordo com a SES, a vacina vai ser proporcionalmente distribuída para os 223 municípios paraibanos, conforme o tamanho da população de cada cidade.

Em 2025, foram registrados 812 confirmados para VSR na Paraíba, sendo 19 óbitos associados, com maior concentração de casos em crianças menores de um ano, seguidas por crianças de 1 a 4 anos e idosos acima de 70 anos.

Desde fevereiro, a vacina começou a integrar o Sistema Único de Saúde (SUS), e a recomendação é que as doses sejam aplicadas a partir da 28ª semana de gestão, em dose única. Com isso, espera-se que exista a maior quantidade de proteção indireta para recém-nascidos em relação ao vírus.

Essa proteção indireta acontece por meio da transferência dos anticorpos gerados na mãe após a vacinação para o bebê.

O Vírus Sincicial Respiratório é responsável por cerca de 75% dos casos de bronquiolite viral aguda (BVA) e por aproximadamente 40% das pneumonias em crianças menores de dois anos, especialmente durante os períodos de maior circulação viral.

Meta da vacinação contra o vírus e como se vacinar na Paraíba

De acordo com a SES, a meta de vacinação para as gestantes é de 80% em todo o estado. A Paraíba possui 50.478 gestantes.

Para se vacinar, é necessário apresentar o cartão da gestante, o cartão de pré-natal ou documento que comprove idade gestacional a partir da 28ª semana em qualquer unidade de saúde que realize a vacinação pelo SUS.

“A imunização da gestante contra o vírus sincicial respiratório é uma estratégia de alto impacto na redução das internações e complicações em bebês. A proteção ocorre antes mesmo do nascimento, criando uma barreira imunológica nos primeiros meses de vida, quando o risco é maior”, ressaltou a chefe do Núcleo de Imunização da SES-PB, Márcia Mayara Fernandes.